Certa vez, um espírito sem papas na língua da Capela dos Ossos se referiu à minha pessoa me rotulando de "pagão", já que, segundo ele, eu não professava nenhuma religião monoteísta.
Não gostei muito daquela observação fora de contexto e rebati dizendo que ele estava muito mal informado. Que no mínimo ele, o espírito sem papas na língua, deveria me rotular com algo mais positivo, me rotular, por exemplo, de "pagão eclético".
Ou seja, alguém cuja alma se vale não apenas de deuses e entidades ancestrais, como também de espíritos, divindades, santos, egrégoras etc., dos mais variados matizes religiosos e de crenças com as quais tem afinidade estética, filosófica e espiritual.
A medida que se evolui no conhecimento dos mitos, fica fácil perceber que tudo não passa de um coisa só, que todos os deuses, mitológicos ou não, são um único e mesmo deus.
Tem gente que chama isso de sincretismo, outros, de coincidência.
Reverendo King Skull